O especialista treinado em realizar o diagnóstico e tratamento da fibromialgia é o médico reumatologista. Esse especialista está habilitado a identificar os transtornos e doenças que podem estar associados à fibro. Além disso, ele é apto a afastar os diagnósticos diferenciais dessa doença, e ainda, identificar doenças autoimunes reumatológicas, cuja associação tem prevalência aumentada em alguns casos.
Transtornos coexistentes que se associam à fibromialgia:
Transtorno de ansiedade;
Depressão;
Síndrome do intestino irritável;
Disordens temporomandibulares;
Transtornos do sono;
Dor pélvica crônica.
Mas, é muito importante ressaltar que a fibromialgia é uma doença que envolve tratamento multidisciplinar. Ou seja, além do reumatologista, vários outros especialistas são fundamentais no tratamento da fibromialgia.
Psicológo;
Psiquiatra;
Educador físico;
Fisioterapeuta;
Fisiatra;
Entre outros.
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Muitos pacientes com fibromialgia apresentam queixas relacionadas ao sono, como:
Acordar cansado;
Dificuldade para pegar no sono;
Dificuldade em manter o sono;
Sonolência e cansaço durante o dia.
A maioria dos pacientes com fibromialgia apresentam o sono não reparador como uma caraterística da sua doença. Já foi demonstrada uma perturbação do sono durante a fase 4 de sono profundo. Porém, distúrbios primários do sono como a apneia do sono, a síndrome das pernas inquietas e o transtorno do movimento periódico dos membros também podem vir associados. E ainda é muito frequente, a presença do transtorno de ansiedade e da depressão junto à fibromialgia. Essas doenças são co-morbidades independentes relacionadas à insônia.
Desse modo, há vários motivos além da própria dor, para o portador de fibromialgia ter um sono ruim. Converse com o seu médico, pois o reconhecimento precoce dessas condições, permite uma abordagem adequada no tratamento do seu distúrbio do sono, e isso pode ser um contribuir com significativa melhora na qualidade de vida de quem sofre com a fibromialgia.
A fibromialgia é uma doença cujo diagnóstico é essencialmente clínico. Ou seja, não há nenhum marcador nos exames de sangue, nem em imagens que confirmem o diagnóstico. Por isso, muitos pacientes se questionam se a dor não seria puramente psicológica.
Ela se caracteriza por ser um transtorno de regulação da dor em que o paciente apresenta uma resposta dolorosa exacerbada. Já foram detectados em estudos alterações em imagem e em neurotransmissores que justificam o caráter orgânico da doença.
Múltiplos fatores são associados à fibromialgia: ambientais, genéticos, biológicos (por exemplo, uma maior frequência em mulheres), distúrbios do sono, sedentarismo, obesidade e até mesmo a insatisfação em casa ou no trabalho podem estar relacionados.
O fator psicológico, entretanto, também é de fato parte importante dessa doença. Alguns traços de personalidade, traumas psicológicos e transtornos de humor são frequentemente associados.
Portanto, o componente psicológico é um dos fatores relacionados à fibromialgia, porém não contempla toda a complexidade dessa doença que é multifatorial e cujas origens ainda não estão totalmente esclarecidas.
A fibromialgia é uma doença reumatológica em que ocorrem dores difusas pelo corpo todo. Outros sintomas são cansaço, um sono que não descansa, problemas de memória e concentração, formigamentos ou dormências, ansiedade, depressão, dores de cabeça, e alterações intestinais.
Tratamento multidisciplinar
O tratamento da fibromialgia deve ser multidisciplinar, ou seja, além do reumatologista, colaboram com um acompanhamento em conjunto, o psicológo, psiquiatra, fisioterapeuta, educador físico e terapeuta ocupacional. É importante ressaltar que o apoio da família é fundamental e faz parte do tratamento da pessoa com fibro.
Exercícios físicos
São indicados exercícios aeróbicos (terrestres como caminhada e aquáticos como hidroginástica) combinados com fortalecimento muscular (treino de força/musculação). É importante saber que no início, o paciente pode sentir piora da dor ao realizar o exercício, mas que o benefício a longo prazo vale a pena, e que eles comprovadamente ajudam no tratamento. Além disso, quando a fase inicial passa, o paciente começa a sentir os benefícios dos exercícios, como a melhora das dores, do condicionamento físico e da qualidade do sono.
Terapias complementares
Tai chi/qi gong
Meditação (mindfulness)/terapia de consciência corporal
Acupuntura
Balneoterapia/hidroterapia
A fibromialgia pode causar distúrbios do sono. A pessoa pode apresentar insônia, acordar várias vezes durante à noite, levantar pela manhã já se sentindo cansada e ter sonolência durante o dia. É importante realizar medidas de higiene do sono.
Medidas de higiene do sono
Criar uma rotina para tentar dormir sempre no mesmo horário
Evitar ingerir qualquer tipo de estimulantes no período noturno. Estimulantes mais comuns são: café, coca-cola, guaraná, chimarrão e alguns tipos de chá.
Evitar ficar no celular/ tablet antes de dormir
Apagar todas as luzes, fechar as cortinas, desligar as luzes do celular/tablet
Tornar o quarto um ambiente silencioso. Dormir em ambientes barulhentos diminui a qualidade do sono
Procurar não deixar para resolver os problemas na hora de deitar na cama
Acompanhamento psicológico
É bastante comum o transtorno depressivo e/ou de ansiedade estar associado a fibromialgia. Nesses casos é bem importante avaliação e tratamento com psicológo e psiquiatra. Uma das terapias indicadas é a cognitivo-comportamental.
E o que não é recomendado:
Hipnoterapia
Biofeedback
Quiropraxia
Massagem
O tratamento não medicamentoso é fundamental para o sucesso no tratamento da fibromialgia.
Nos últimos meses a mídia tem noticiado uma nova possibilidade de tratamento para a fibromialgia com laser e ultrassom conjugados. Segundo às informações divulgadas, a pesquisa foi realizada pelo Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP que realizaram sessões de aplicação de laser e ultrassom (três minutos em cada palma), realizadas duas vezes por semana nos voluntários. Segundo os pesquisadores, os resultados foram positivos, pois a aplicação de ultrassom e laser conjugados culminaria na ampliação do potencial anti-inflamatório de ambos os recursos, retomaria o equilíbrio no organismo e controlaria a dor.
Frente a essas publicações, a Sociedade Brasileira de Reumatologia publicou um nota de esclarecimento:
“A Comissão Científica de Dor, Fibromialgia e outras Lesões de Partes Moles, da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) – atenta ao seu papel de informar e prestar esclarecimentos sobre as especificidades das doenças reumáticas -, aguarda, com grande expectativa, estudos clínicos complementares (duplo-cegos com placebo controlado e randomizados), sobre a eficácia de equipamento que associa laser e ultrassom, para controle da dor da fibromialgia. A ação deste aparelho seria por meio de aplicação na palma da mão do paciente, como vem sendo noticiado. Entretanto, a SBR lembra que, pela abrangência do conhecimento atual, sobre os mecanismos da fibromialgia que envolvem predominantemente alterações no processo da dor no sistema nervoso central, não é possível concluir que intervenções de aparelhos com atuação na periferia do sistema nervoso (como na palma da mão) possam reduzir, de forma significativa, a intensidade e extensão da dor na fibromialgia.
A fibromialgia é uma doença reumática complexa, em que o paciente sente, de forma exacerbada, dores por todo o corpo e por longos períodos, com sensibilidade nas articulações, músculos, tendões e em outros tecidos moles. Junto com a dor, a fibromialgia pode causar fadiga, distúrbios do sono, dores de cabeça, ansiedade e depressão.
A SBR reforça que estimula e aplaude toda e qualquer pesquisa que leve a descobertas científicas que possam proporcionar, melhoria da vida dos pacientes de doenças reumáticas, sobretudo àqueles impactados por dores crônicas.”
Em resumo, apesar do entusiasmo frente aos resultados positivos desta pesquisa, ainda são necessários mais estudos para comprovar que esses equipamentos são eficazes para o tratamento do fibromialgia.
Diversas doenças são diagnosticadas clinicamente. Isso significa que o médico pode dizer se você tem a doença ou não, apenas baseado nos sintomas e sinais que você apresenta. Não necessita de um exame complementar para fechar o diagnóstico.
Esse é o caso da fibromialgia. Para fazer o diagnóstico dessa doença, o médico pergunta as queixas do paciente e realiza o exame físico. Dessa forma, já é possível fazer o diagnóstico da doença, não é necessário exames de sangue ou radiografia. Os exames complementares solicitados na suspeita da fibromialgia são para excluir outras doenças. Os pacientes com fibromialgia por si só apresentam exames complementares normais. Ainda infelizmente, não existe nenhum marcador no sangue ou em imagem para esta doença.
Dessa forma, o diagnóstico da fibromialgia, assim como de diversas outras doenças, é clínico. Por isso, não estranhe se você tem fibro e seus exames complementares forem normais.
Aumenta a resistência física, melhora a flexibilidade e tem pouco impacto. Costuma ser recomendada para quem tem espondilite anquilosante, desde que não haja contra-indicação.
2. Tai chi
É uma forma de exercício que une mente e corpo. Originária da China envolve artes marciais, meditação e movimentos suaves de dança que levam a conexão da mente e corpo. É indicada como terapia complementar para transtornos de ansiedade, fibromialgia e osteoartrose de joelhos.
3. Exercícios Kegel
São exercícios que fortalecem a musculatura pélvica que sustenta a bexiga. Podem prevenir a incontinência urinária.
Consulte seu médico para avaliar se está apto a realizar exercícios físicos.
Os exercícios físicos podem ajudar a reduzir a dor da fibromialgia. São indicados exercícios aeróbicos como caminhada ou corrida.
Há também alguma evidência de que alongamentos e exercícios de flexibilidade também tenham benefício.
A caminhada e os exercícios na água, como a hidroginástica, são os que costumam ter a melhor aderência. É preferível realizar os exercícios sob a supervisão de um educador físico.
No início, é bastante difícil dar o primeiro passo, pois a dor é intensa. Mas aos poucos, passada a fase de adaptação, a dor começa a reduzir.
Lembre-se de que o tratamento da fibromialgia é multidisciplinar, e envolve, além dos exercícios, tratamento medicamentoso e acompanhamento psicológico, se indicado.
O médico pergunta as características da dor, sintomas e doenças associadas. A dor da fibromialgia é difusa e crônica. Pode vir associada a um sono não reparador, enxaqueca, síndrome do intestino irritável, transtorno de ansiedade e depressão.
No exame físico são examinados os pontos dolorosos característicos.
E através da avaliação clínica e de exames complementares é possível excluir outras doenças.