Novos aparelhos para combater a dor da fibromialgia

Nos últimos meses a mídia tem noticiado uma nova possibilidade de tratamento para a fibromialgia com laser e ultrassom conjugados. Segundo às informações divulgadas, a pesquisa foi realizada pelo Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP  que realizaram sessões de aplicação de laser e ultrassom (três minutos em cada palma), realizadas duas vezes por semana nos voluntários. Segundo os pesquisadores, os resultados foram positivos, pois a aplicação de ultrassom e laser conjugados culminaria na ampliação do potencial anti-inflamatório de ambos os recursos, retomaria o equilíbrio no organismo e controlaria a dor.   

Frente a essas publicações, a Sociedade Brasileira de Reumatologia publicou um nota de esclarecimento:

“A Comissão Científica de Dor, Fibromialgia e outras Lesões de Partes Moles, da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) –  atenta ao seu papel de informar e prestar esclarecimentos sobre as especificidades das doenças reumáticas -,  aguarda, com grande expectativa, estudos clínicos complementares (duplo-cegos com placebo controlado e randomizados), sobre a eficácia de equipamento que associa laser e ultrassom, para controle da dor da fibromialgia. A ação deste aparelho seria por meio de  aplicação na palma da mão do paciente, como vem sendo noticiado. Entretanto, a SBR lembra que, pela abrangência do conhecimento atual,  sobre os mecanismos da fibromialgia que envolvem predominantemente alterações no processo da dor no sistema nervoso central, não é possível concluir que intervenções de aparelhos com atuação na periferia do sistema nervoso (como na palma da mão) possam reduzir, de forma significativa, a intensidade e extensão da dor na fibromialgia. 

A fibromialgia é uma doença reumática complexa, em que o paciente sente, de forma exacerbada, dores por todo o corpo e por longos períodos, com sensibilidade nas articulações, músculos, tendões e em outros tecidos moles. Junto com a dor, a fibromialgia pode causar fadiga, distúrbios do sono, dores de cabeça, ansiedade e depressão.

A SBR reforça que estimula e aplaude toda e qualquer pesquisa que leve a descobertas científicas que possam proporcionar, melhoria da vida dos pacientes de doenças reumáticas, sobretudo àqueles impactados por dores crônicas.”

Em resumo, apesar do entusiasmo frente aos resultados positivos desta pesquisa, ainda são necessários mais estudos para comprovar que esses equipamentos são eficazes para o tratamento do fibromialgia. 

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