Durante muito tempo, a medicina foi baseada em experiências individuais, e na crença de que se um determinado remédio ou comportamento fazia bem para um, já seria o suficiente indicar para o outro.

Mas, hoje em dia, a boa prática da medicina requer um embasamento científico, isto é o que chamamos de medicina baseada em evidências. Ela é definida como o elo entre a boa pesquisa científica e a sua aplicação na prática clínica.

Para um medicamento ser indicado para uma doença, ele precisa ter sido estudado profundamente. É avaliada a efetividade, a eficácia e a segurança do remédio. Além disso, a decisão clínica, não é baseada em um estudo apenas. Para vocês terem uma ideia, nas metanálises, que são consideradas nível I de evidência, é feito um cálculo estatístico aplicado aos estudos incluídos em uma revisão sistemática. Trocando em miúdos, é estudo, do estudo, do estudo!

Então, quando o paciente pergunta para o seu médico, se ele pode tomar um chá que curou as dores da sua vizinha, e o médico diz: “Veja bem, não há evidências de que esse chá melhore o seu problema”. Ele quer dizer que não foram feitos TODOS esses estudos explicados anteriormente para comprovar que o paciente pode tomar esse chá com a segurança, e com a certeza que ele terá efeito. Pode ser que ele cause efeitos colaterais, ou que só funcione para um determinado tipo de pessoa. Não dá para afirmar sem as pesquisas sérias.

Desse modo, é importante ter cuidado com os medicamentos milagrosos, chás curativos e vitaminas fortificantes, pois, na maioria das vezes, não há nenhum estudo comprovando a sua efetividade, e podem ainda, causar danos irreversíveis à saúde.

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