Tratamento não medicamentoso da fibromialgia

A fibromialgia é uma doença reumatológica em que ocorrem dores difusas pelo corpo todo. Outros sintomas são cansaço, um sono que não descansa, problemas de memória e concentração,  formigamentos ou dormências, ansiedade, depressão, dores de cabeça, e alterações intestinais.

Tratamento multidisciplinar

O tratamento da fibromialgia deve ser multidisciplinar, ou seja, além do reumatologista, colaboram com um acompanhamento em conjunto, o psicológo, psiquiatra, fisioterapeuta, educador físico e terapeuta ocupacional. É importante ressaltar que o apoio da família é fundamental e faz parte do tratamento da pessoa com fibro.

Exercícios físicos

São indicados exercícios aeróbicos (terrestres como caminhada e aquáticos como hidroginástica) combinados com fortalecimento muscular (treino de força/musculação). É importante saber que no início, o paciente pode sentir piora da dor ao realizar o exercício, mas que o benefício a longo prazo vale a pena, e que eles comprovadamente ajudam no tratamento. Além disso, quando a fase inicial passa, o paciente começa a sentir os benefícios dos exercícios, como a melhora das dores, do condicionamento físico e da qualidade do sono.

Terapias complementares

  • Tai chi/qi gong

  • Meditação (mindfulness)/terapia de consciência corporal
  • Acupuntura
  • Balneoterapia/hidroterapia

A fibromialgia pode causar distúrbios do sono. A pessoa pode apresentar insônia, acordar várias vezes durante à noite, levantar pela manhã já se sentindo cansada e ter sonolência durante o dia. É importante realizar medidas de higiene do sono.

Medidas de higiene do sono

  • Criar uma rotina para tentar dormir sempre no mesmo horário
  • Evitar ingerir qualquer tipo de estimulantes no período noturno. Estimulantes mais comuns são: café, coca-cola, guaraná, chimarrão e alguns tipos de chá.
  • Evitar ficar no celular/ tablet antes de dormir
  • Apagar todas as luzes, fechar as cortinas, desligar as luzes do celular/tablet 
  • Tornar o quarto um ambiente silencioso. Dormir em ambientes barulhentos diminui a qualidade do sono
  • Procurar não deixar para resolver os problemas na hora de deitar na cama

Acompanhamento psicológico

É bastante comum o transtorno depressivo e/ou de ansiedade estar associado a fibromialgia. Nesses casos é bem importante avaliação e tratamento com psicológo e psiquiatra. Uma das terapias indicadas é a cognitivo-comportamental.

E o que não é recomendado:

  • Hipnoterapia
  • Biofeedback
  • Quiropraxia
  • Massagem

O tratamento não medicamentoso é fundamental para o sucesso no tratamento da fibromialgia. 

Cisto sinovial

O cisto sinovial é notado como um estrutura arredondada, principalmente no dorso (“parte de cima”) da mão ou do punho. Forma-se um cisto, “uma bolha” do líquido da articulação (líquido sinovial).

Pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum entre 20 e 40 anos, e tem discreto predomínio em mulheres.

Ele pode surgir em qualquer articulação, mas o punho é o lugar mais comum. A causa ainda é desconhecida, mas é sugerido uma degeneração mucoide das estruturas periarticulares. O papel do movimento repetitivo ainda é incerto, mas pode induzir a piora da lesão.

Na maioria dos casos o cisto sinovial não causa nenhum sintoma, porém eventualmente pode provocar dor ou desconforto local.

Pode ser primário, ou seja, aparecer “do nada” ou ainda ser secundário a uma lesão ligamentar ou doença reumatológica.

Quando sintomático, indica-se repouso do local acometido e uso de anti-inflamatório não hormonal. Caso não tenha melhora, pode ser necessário aspiração do cisto, seguido de injeção de corticosteroide no local. Casos refratários são encaminhados para a cirurgia.

3 exercícios que você não sabia, mas são maravilhas para a saúde

      1. Natação

       Aumenta a resistência física, melhora a flexibilidade e tem pouco impacto. Costuma ser recomendada para quem tem espondilite anquilosante, desde que não haja contra-indicação.

      2. Tai chi

       É uma forma de exercício que une mente e corpo. Originária da China envolve artes marciais, meditação e movimentos suaves de dança que levam a conexão da mente e corpo. É indicada como terapia complementar para transtornos de ansiedade, fibromialgia e osteoartrose de joelhos.

      3. Exercícios Kegel

         São exercícios que fortalecem a musculatura pélvica que sustenta a bexiga. Podem prevenir a incontinência urinária. 

Consulte seu médico para avaliar se está apto a realizar exercícios físicos.

Quais são os sintomas da fibromialgia?

  • Dores difusas pelo corpo todo
  • Cansaço
  • Distúrbios do sono
  • Problemas de memória e concentração
  • Formigamentos ou dormências
  • Ansiedade
  • Depressão
  • Enxaqueca
  • Alterações intestinais, principalmente constipação

Você conhece a SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO?

É uma doença que provoca dor, formigamento e sensação de choque em uma ou ambas as mãos.

É causada pela compressão de um nervo, chamado nervo mediano, na região entre o punho e mão.

São fatores de risco: obesidade, sexo feminino, gestação, diabetes, artrite reumatoide, hipotireoidismo, osteoartrose de mãos, doenças do tecido conectivo e fatores ocupacionais (dentistas, cabeleireiros, profissionais da agricultura, etc).

O diagnóstico é clínico, o exame de eletroneuromiografia, entretanto, pode ser solicitado em alguns casos especiais.

O tratamento envolve uso de órtese (tala), medicamento, infiltração e cirurgia, se os sintomas forem persistentes.

Exercícios físicos são parte do tratamento da fibromialgia

Os exercícios físicos podem ajudar a reduzir a dor da fibromialgia. São indicados exercícios aeróbicos como caminhada ou corrida.

Há também alguma evidência de que alongamentos e exercícios de flexibilidade também tenham benefício.

A caminhada e os exercícios na água, como a hidroginástica, são os que costumam ter a melhor aderência. É preferível realizar os exercícios sob a supervisão de um educador físico.

No início, é bastante difícil dar o primeiro passo, pois a dor é intensa. Mas aos poucos, passada a fase de adaptação, a dor começa a reduzir. 

Lembre-se de que o tratamento da fibromialgia é multidisciplinar, e envolve, além dos exercícios, tratamento medicamentoso e acompanhamento psicológico, se indicado.

 

 

Tenho direito de me aposentar pelo fato de ter fibromialgia?

Essa é uma dúvida frequente das pessoas que sofrem com as dores crônicas da fibromialgia. 

A fibromialgia é uma doença cujos sintomas são dores difusas pelo corpo, sono não reparador, problemas de memória e concentração, formigamentos ou dormências, e muitas vezes vem associada com depressão, ansiedade, enxaqueca e distúrbios intestinais. É ainda bastante incompreendida pela população. Muitas vezes a pessoa que sofre com a dor é desacredita pela família, amigos e até mesmo por alguns médicos. 

Atualmente o portador de fibromialgia que tenha indicação de afastamento do trabalho por mais de 15 (quinze) dias, poderá requerer ao INSS o auxílio-doença. O segurado deverá agendar uma perícia médica pelo telefone 135 ou pela internet. Com base na perícia feita pelo perito do INSS, o paciente terá ou não o seu benefício deferido. Já no caso de constatação da incapacidade total e permanente, poderá ser concedida ao portador de fibromialgia a aposentadoria por invalidez.

Porém, ainda é muito difícil conseguir que o benefício seja concedido. Quer seja pela dificuldade do sistema previdenciário brasileiro em conseguir acolher adequadamente toda a demanda da população, quer seja pela própria dificuldade inerente a esta doença, cujo sintoma principal é a dor, um sintoma subjetivo, muitas vezes difícil de ser comprovado. 

No portal e-cidadania do Senado Federal existe uma ideia legislativa para tornar a fibromialgia reconhecida pelo INSS como doença incapacitante. Ao receber 20.000 apoios, a ideia se tornará uma Sugestão Legislativa, e será debatida pelos Senadores. Juntos somos mais fortes na luta do reconhecimento maior desta doença.

 

 

Ter fibromialgia é….

Quando perguntado o que mais incomoda em ter fibromialgia, estes foram os depoimentos reais de quem convive com a dor que esta doença provoca.

“Ter fortes dores no corpo todo.”

“Não pode fazer o que se quer e na hora que se quer.”

“Levantar da cama já cansada.”

“Ter dor até no fio do cabelo.”

“Parecer que eu estou mentindo ou exagerando nos sintomas.”

“Tudo dói tudo cada hora em um lugar, não tem dia nem noite.”

“A fadiga, o desânimo e o cansaço constante.”

“A enxaqueca diária.”

“Não ter uma noite de sono tranquila.”

“Não conseguir trabalhar e cuidar da minha casa.”

“As pessoas não entenderem e acharem que tudo é frescura.”

As dores articulares podem piorar no frio?

O frio aumenta a percepção dolorosa. Além disso, o frio também pode estar associado ao espasmo muscular, causando aumento da compressão da articulação doente com piora da dor.

Por que é tão difícil lidar com a dor crônica?

Não se pode enxergar, palpar ou auscultar a dor. E por ser invisível, ela pode ser desacreditada. Podem dizer que a dor é frescura ou que é corpo mole para não ir trabalhar. Mas só quem sente é quem pode dizer o quanto intensa a dor é. E ter que lidar com a desconfiança das pessoas cansa e desanima quem já está sofrendo com um problema de saúde.

Além disso, a dor não deixa a pessoa sorrir. É mais difícil olhar o lado positivo da vida quanto se está tomado pela dor. Ela leva a não querer sair de casa, falta vontade para conversar e interagir com as pessoas. E como dissemos anteriormente, quase ninguém compreende essa situação. Os amigos, familiares e até mesmo alguns médicos duvidam da intensidade da dor.

Mas não podemos desistir de lutar. Cada dor possui uma causa que precisa ser combatida. Para isso temos os medicamentos, exercícios físicos, acompanhamento psicológico e terapias complementares. E temos que lutar sempre, porque a dor leva a círculo vicioso. Quanto mais dor, mais parados e desanimados nós ficamos, com isso não conseguimos procurar tratamento e a dor aumenta ainda mais.

Portanto, é fundamental romper esse círculo. Ter forças para procurar ajuda e um tratamento adequado que amenize a dor e nos permita voltar a sorrir! =)