Nosso corpo tem um sistema de defesa chamado sistema imune. Quando entramos em contato com um vírus, uma bactéria ou um fungo, nosso organismo se organiza para combater esses germes. Porém, em algumas pessoas, por motivos variados, esse sistema imune deixa de funcionar adequadamente. E ao invés de atacar apenas os germes, ele passa a atacar o próprio indivíduo.
É como se tivéssemos um cão de guarda que serviria para proteção contra o ladrão, porém em certo momento, ele passa a atacar o próprio dono.
São exemplos de doenças auto-imunes reumatológicas, o lúpus, a síndrome de Sjögren, a esclerose sistêmica, a artrite reumatoide, entre outros.
Por isso, no tratamento de algumas das doenças auto-imunes são usados os imunossupressores. Esses medicamentos diminuem a imunidade para que ele deixe de atacar o indivíduo e passe a atacar apenas os microorganismos indesejáveis.
Ocorre que muitas vezes o imunossupressor pode diminuir bastante a nossa defesa, como se colocássemos uma focinheira naquele cão de guarda. Nesse caso, ele deixaria de morder o próprio dono, mas também não conseguiria morder o ladrão. Ou seja, quem toma imunossupressor deve ficar atento às infecções, pois a defesa pode ficar diminuída e a infecção que normalmente seria combatida facilmente, pode se tornar mais grave.