Artrite Reumatoide (AR)
Sempre que falamos de artrite reumatoide, os pacientes perguntam: “é verdade que vou ficar com a mão toda torta?”. Antigamente, o diagnóstico da AR demorava a ocorrer, e quando o paciente chegava ao reumatologista, já havia muita deformidade e incapacidade funcional. Por isso, o que muita gente conhece da doença é aquela foto do doente com AR com as articulações já bastante deformadas.
Mas, a medicina evoluiu bastante nesse aspecto. Hoje existe um número muito maior de reumatologistas. E estes são orientados por critérios clínicos e laboratoriais que ajudam a classificar a doença, facilitando um diagnóstico mais precoce. Os tratamentos também evoluíram. Além dos DMARDs (drogas modificadoras de atividade de doença) sintéticos como metotrexato, leflunomida, hidroxicloroquina e sulfassalazina, existem os chamados biológicos, e também as “pequenas moléculas” que podem ser indicados em casos de falha terapêutica inicial. E os laboratórios continuam trabalhando para desenvolver novos medicamentos para o tratamento da AR.
Hoje em dia, além da preocupação com a “mão torta”, temos bastante cuidado em avaliar o caráter sistêmico da doença. É importante prevenir e tratar manifestações extra-articulares e manter um estilo de vida saudável, pois a AR é por si só é um fator de risco para doença cardiovascular.
Apesar de ainda ser considerada uma doença sem cura, sabemos que ela pode ser adequadamente tratada. E a chamada remissão da doença, pode ser atingida com grande sucesso, e nesses casos os pacientes com AR podem ter ótima qualidade de vida e mínima limitação funcional.
3 dicas para ter melhor qualidade de vida na AR
- Não fume
O cigarro está associado ao desenvolvimento da AR, pior controle da doença e pior prognóstico.
- Mantenha um estilo de vida saudável
Pratique exercícios físicos (com orientação médica)
Mantenha alimentação saudável. E, evite também o sobrepeso.
- Educação sobre a doença
Aprenda sobre o seu diagnóstico. É preciso saber o nome e sobrenome. Não adianta saber que você tem artrite. É preciso saber se a artrite é reumatoide, psoriásica, reativa, enteropática, espondiloartrite, etc… faz toda a diferença! Saiba o que você sozinho em casa pode fazer para melhorar a doença, conheça os tratamentos disponíveis e as complicações que podem ocorrer.